Tenho câncer, posso engravidar?
Muitas pacientes, ao serem diagnosticadas com câncer, podem ter receios sobre os efeitos da medicação e tratamento em sua fertilidade. A boa notícia é que com os avanços tecnológicos e científicos da medicina, o desejo de ser mãe não precisa ser deixado de lado por conta da doença.
Tenho câncer, posso engravidar? Potencialmente, sim! O câncer em si não é uma contraindicação para a gravidez, mas a resposta para essa pergunta depende de vários fatores, como o tipo de câncer, o estágio da doença, o tratamento que está sendo realizado e a idade da paciente.
Em muitos casos, a quimioterapia ou radioterapia podem afetar a fertilidade, tornando mais difícil a concepção. Além disso, a gravidez pode interferir no tratamento do câncer e, por isso, muitas vezes é recomendado que as pacientes a adiem até o final do tratamento, sob as orientações do médico(a) obstetra e oncologista para a melhor época gestacional.
Quando falamos do câncer de mama, por exemplo, o segundo tipo mais comum da doença no Brasil, o tratamento pode evoluir para a infertilidade em pelo menos, cerca de 40% a 50% dos casos.
Como dito anteriormente, a idade da paciente é um fator importante. Mulheres muito jovens, têm uma chance maior de retorno natural da fertilidade, mas também devem pensar em alternativas como realizar a preservação dos óvulos.
Como funciona a preservação dos óvulos?
Planejamento e acompanhamento, essas são as palavras chaves quando falamos sobre preservação dos óvulos.
Criopreservação é o verdadeiro nome do processo de preservação de materiais biológicos. A técnica envolve a coleta dos óvulos por meio de estimulação ovariana, seguida da sua retirada dos ovários por aspiração guiada por ultrassom. Os óvulos são então rapidamente resfriados e armazenados em nitrogênio líquido a uma temperatura de -196°C.
Os óvulos criopreservados podem ser armazenados por muitos anos e descongelados posteriormente, quando a mulher estiver pronta para engravidar. Quando os óvulos são descongelados, eles são fertilizados com esperma em laboratório, utilizando técnicas de fertilização in vitro (FIV), e os embriões resultantes são transferidos para o útero da mulher.
É importante discutir essa questão da gravidez com o seu médico oncologista e um especialista em reprodução antes de tomar qualquer decisão. Eles poderão avaliar o seu caso individualmente e fornecer orientações específicas para a sua situação.
Fontes:
https://revista.abrale.org.br/tenho-cancer-posso-ter-filhos/








